sábado, 29 de dezembro de 2012

Nunca deixe de olhar os freios!

Nunca deixe de olhar os freios! Ainda mais quando se compra um carro usado.

Bom, eu não segui essa recomendação e fui andando com o Gol sem nunca parar pra olhar os freios. Quando um belo dia percebo que o fluido no reservatório de freio está baixo. Completo o fluido e sigo caminho, mas resolvo dar uma freada forte em uma parte da pista que está cheia de areia, daí vem o primeiro grande susto com o freio. O pedal desce igual a embreagem, até lá embaixo, e quando olho pelo retrovisor, vejo que não tem arrasto dos pneus e ainda tem uma grande mancha de líquido na areia. Putz! Estourou (de vez) o burrinho! (E o burrão estava dentro do carro.)
O que conheço por burrinho, é o cilindro do freio a tambor, o que empurra as lonas de encontro ao tambor.
Daí fiquei completando o fluido e ele baixando. Resolvi dar uma olhada no estrago, e olha o que encontrei no freio traseiro direito:

Freio traseiro com burrinho estourado.
Como eu não tinha ferramentas suficientes para fazer esse serviço, e com medo de trocar peça de mais, ou de menos. Resolvi levar ao seu Paulo, um mecânico que tem o que mais falta nos mecânicos por aí, honestidade.
Seu Paulo.
A cada peça tirada, uma lágrima descia. Porém o seu Paulo, como eu já falei tem por grande virtude a honestidade, foi dizendo “Esse tambor ainda aguenta um bocado!”, “Vamos trocar só o burrinho que estourou!”, “Os disco ainda aguenta, vai trocar?”. Bom, os discos “ainda aguentavam”, mas como já estavam ali os novos, resolvi trocar. Além do que, o mais caro eram os tambores, e esses não troquei. Foram trocados pastilhas, discos, lonas e 01 burrinho.


Tudo trocado, sangria feita, hora de ir embora!
Porém, alguns dias depois, o pedal começa a baixar, novamente, igual a embreagem. Depois de bombear algumas vezes, ele voltava ao normal. Perguntei para o meu pai e ele foi em cima: “Cilindro mestre!”.



Ao pisar no pedal e ele baixar até o assoalho, mas depois de uma pedaladas ele voltar ao normal, é cilindro mestre. Basta fazer a troca.
Existe o reparo, mas não é fácil de encontrar e o preço não compensa.
Fiquei pensando e dessa vez resolvi eu mesmo fazer o serviço.
Sempre gosto de entender toda a engenharia e o “porque” de uma peça. Estudei feito “um condenado” e entendi bastante sobre cilindro mestre, mas faltava agora o “como fazer a troca”.
Pesquisando no YouTube, encontrei os vídeos do Marcelo Tonella (www.tonella.com.br), e foi o que usei como tutorial. É um vídeo em três partes.


Comprei o cilindro mestre novo, fiz a troca, também troquei o fluido e fiz a sangria (com a ajuda da esposa, claro). Pronto!
O freio tá perfeito! Bom, perfeito não pois o freio desses bolas são muito ruins. Porém já andei pesquisando como melhorar o freio e a recomendação é colocar os freios do Santana. Bom, isso vai ficar pra daqui alguns anos.
Abraço.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Canister - O seu Gol tem?

Desde que comprei o meu Gol, vou me surpreendendo com alguma coisa nova, ou na verdade, a falta de alguma coisa.
Pensando nas possibilidades para normalizar o consumo de gasolina, resolvi começar "do começo" e fui para o tanque. Lá, no geral, está tudo ok. Fui seguindo as três mangueiras até o motor, quando tive a grande surpresa, faltava o Canister.
O Canister é um Filtro de Carvão Ativado. Sua função é filtrar os gases produzidos pelo combustível no tanque antes de serem lançados na atmosfera. Quando a rotação do motor sobe, a central eletrônica libera a entrada desses gases para o motor através de uma válvula, sendo, esses gases, usados para enriquecer a mistura e assim a central diminuir o uso de combustível lançado pelo bico.
No meu caso, tinha no Gol apenas a Válvula do Canister, conforme imagem abaixo:


Após uma grande procura em diversas lojas de auto-peças, incluindo concessionárias VW, consegui o Canister.


Claro que, apesar de todo suor para achar essa peça (o canister), isso não acabaria assim "tão" fácil. Olhando o esquema da VW, faltavam algumas mangueiras e conexões. Foi onde realmente começou o martírio. Vejam na ilustração abaixo as conexões que faltam, são as de nº 2, 5, 9, 12 e 13:


Depois de muita busca, achei apenas a peça nº 5 e a 10. Porém a nº 5 estava com um valor 8x maior que a nº 10. Então resolvi estudar o funcionamento dessas conexões e fazer a minha adaptação.
O grande problema era entender o funcionamento da peça nº10, mas depois de muito pesquisar, perguntar em fóruns e não obter nenhuma resposta, falar com mecânicos que nem sabem o que é o Canister e esclarecer com vendedor de auto-peças, foi que entendi o funcionamento dessa peça, e assim pude partir para a adaptação.
Essa peça, nº 10, quando a válvula do canister (nº 15) está aberta, libera a entrada de gases do tanque, do canister e da atmosfera para o coletor de admissão. O fluxo é conforme a ilustração abaixo:


Não vou ensinar a adaptação que fiz, pois vai que vocês tentem fazer a mesma coisa, ou outra parecida, e dá errado! Adaptação, é cada um por si. Porém, posso dizer que tive que peregrinar em lojas de mangueiras e material de irrigação. Não consegui achar um peça igual a nº10, mas usei dois T para fazer um esquema equivalente.
Parece-me que está funcionando corretamente todo o esquema do Canister e Válvula. Porém vou continuar atrás das peças e quando tiver todas, faço a ligação correta.
Bom, é isso! Agora corra lá no seu Gol e veja se tem o Canister com as "benditas" conexões e a Válvula. Tudo isso fica ali no parachoque dianteiro do lado do passageiro. Basta afastar aquela proteção plástica em baixo do paralama e será possível ter uma alegria ou uma tristeza.


Isso é tudo pessoal! (by Pernalonga)

Sensor de Detonação



O sensor de detonação está situado junto ao bloco do motor em sua parte inferior.
Quando ocorre a detonação, são geradas vibrações situadas em uma faixa de frequência sonora especifica.
Sendo o sensor de detonação constituído de um elemento piezoelétrico, consegue identificar esta frequência sonora especifica e informa o módulo de injeção eletrônico a ocorrência da detonação no motor.
No momento que o módulo de injeção eletrônico recebe este sinal, inicia imediatamente um processo de redução gradual do avanço de ignição.
Após o término da detonação, o sistema restabelece o valor de avanço de ignição calibrado em cada tipo de injeção e motor. Nos sensores piezoelétricos, quando os materiais são submetidos a um esforço mecânico, surge uma polarização elétrica no cristal que os compõe e suas faces tornam-se eletricamente carregadas; a polaridade dessas cargas é invertida, caso a compressão seja convertida em tensão mecânica. Em contra partida, a aplicação de um campo elétrico ao material faz com que ele se expanda ou contraia, de acordo com a polaridade do campo.
Este é o princípio de operação dos sensores piezoelétricos, cuja importância reside no acoplamento entre as energias elétrica e mecânica – sendo muito utilizados, portanto em cápsulas fonográficas, alto falantes e microfones.
[texto extraído da Bíblia do Carro de Paulo G. Costa]

Bom, muito interessante o Sensor de Detonação, mas agora vem a trágica notícia... Motores CHT não tem sensor de detonação.
Quando estudei sobre esse sensor, fui correndo olhar no meu carro e não achei o tal cabo. Procurei na internet informações sobre sensor de detonação no motor CHT e o que descobri, em diversos lugares, é que ele não possui esse sensor.
É isso aí!

sábado, 22 de dezembro de 2012

TBI - Limpeza

Quando comprei esse Gol, levei logo para um mecânico dar uma olhada em algumas coisas, e uma das coisas que ele logo apontou foi o TBI muito sujo. Fui deixando pra lá a limpeza, mas depois do carro ficar acelerado e o consumo elevado, resolvi fazer, eu mesmo, a limpeza.
O material usado foi: Gasolina; Car 80 (descarbonizante); luvas; pincel; escova de dente; Reparos para troca.
Tentei fazer um vídeo, mas as pilhas da câmera estavam fracas, então pelo menos bati umas fotos (com a ajuda da minha esposa, claro!).
Qualquer correção será bem vinda.

[Atualização em 23/12/12]
O que chamei de Controlador de Pressão é o Sensor de Pressão, também chamado de MAP.
Os "Reparos" são as Juntas, vedações.