Bom, eu não segui essa
recomendação e fui andando com o Gol sem nunca parar pra olhar os freios. Quando
um belo dia percebo que o fluido no reservatório de freio está baixo. Completo
o fluido e sigo caminho, mas resolvo dar uma freada forte em uma parte da pista
que está cheia de areia, daí vem o primeiro grande susto com o freio. O pedal desce
igual a embreagem, até lá embaixo, e quando olho pelo retrovisor, vejo que não
tem arrasto dos pneus e ainda tem uma grande mancha de líquido na areia. Putz!
Estourou (de vez) o burrinho! (E o burrão estava dentro do carro.)
O que conheço por burrinho, é o
cilindro do freio a tambor, o que empurra as lonas de encontro ao tambor.
Daí fiquei completando o fluido e
ele baixando. Resolvi dar uma olhada no estrago, e olha o que encontrei no
freio traseiro direito:
Freio traseiro com burrinho estourado. |
Como eu não tinha ferramentas
suficientes para fazer esse serviço, e com medo de trocar peça de mais, ou de
menos. Resolvi levar ao seu Paulo, um mecânico que tem o que mais falta nos
mecânicos por aí, honestidade.
Seu Paulo. |
A cada peça tirada, uma lágrima
descia. Porém o seu Paulo, como eu já falei tem por grande virtude a
honestidade, foi dizendo “Esse tambor ainda aguenta um bocado!”, “Vamos trocar
só o burrinho que estourou!”, “Os disco ainda aguenta, vai trocar?”. Bom, os
discos “ainda aguentavam”, mas como já estavam ali os novos, resolvi trocar.
Além do que, o mais caro eram os tambores, e esses não troquei. Foram trocados pastilhas, discos, lonas e 01 burrinho.
Tudo trocado, sangria feita, hora de ir embora!
Porém, alguns dias depois, o
pedal começa a baixar, novamente, igual a embreagem. Depois de bombear algumas
vezes, ele voltava ao normal. Perguntei para o meu pai e ele foi em cima: “Cilindro
mestre!”.
Ao pisar no pedal e ele baixar até
o assoalho, mas depois de uma pedaladas ele voltar ao normal, é cilindro mestre.
Basta fazer a troca.
Existe o reparo, mas não é fácil
de encontrar e o preço não compensa.
Fiquei pensando e dessa vez resolvi
eu mesmo fazer o serviço.
Sempre gosto de entender toda a
engenharia e o “porque” de uma peça. Estudei feito “um condenado” e entendi
bastante sobre cilindro mestre, mas faltava agora o “como fazer a troca”.
Pesquisando no YouTube, encontrei
os vídeos do Marcelo Tonella (www.tonella.com.br), e foi o que usei como
tutorial. É um vídeo em três partes.
Comprei o cilindro mestre novo,
fiz a troca, também troquei o fluido e fiz a sangria (com a ajuda da esposa,
claro). Pronto!
O freio tá perfeito! Bom,
perfeito não pois o freio desses bolas são muito ruins. Porém já andei
pesquisando como melhorar o freio e a recomendação é colocar os freios do
Santana. Bom, isso vai ficar pra daqui alguns anos.
Abraço.